fevereiro 03, 2008

A Luz Fantástica (Terry Pratchett)

Esse livro é a continuação do primeiro da série Discworld, A Cor da Magia, e é tão engraçado quanto. Finalmente mostra o que aconteceu com Rincewind e Duasflor depois que caíram da borda do mundo. Há pouco a dizer, Terry Pratchett é foda. Em vez de tentar dizer o quão legal é ler este que é o escritor britânico vivo mais vendido, vou mostrar um pequeno trecho que mostra como o desgraçado escreve:

“(...)mas principalmente porque esse herói em particular era uma heroína. De cabelos ruivos.

Pois bem, nessas horas, existe uma tendência de olharmos a garota da capa de alguma revista e nos entregarmos a detalhes sobre couro, botas que chegam à altura da coxa e facas afiadas.

Palavras como “farta”, “roliça” e mesmo “ousada” se infiltram na narrativa, até o escritor ter que ir tomar um banho frio e se deitar.

O que é uma grande besteira, porque nenhuma mulher que se proponha a ganhar a vida com a espada vai andar por aí parecendo a capa do mais avançado catálogo de lingerie para especialistas.

Ah, tudo bem. O importante a dizer aqui é que, embora Herrena, a Megera de cabelos com Hena, pudesse ficar deslumbrante – depois de tomar um bom banho, submeter-se a um tratamento intensivo de manicure e escolher os devidos artefatos de couro na Loja de Suplementos Marciais e Produtos Exóticos Orientais de Woo Hun Ling, na rua dos Heróis -, agora estava vestida de modo bastante discreto, com uma leve cota de malha, botas macias e uma espada curta.

Tudo bem, talvez as botas fossem de couro. Mas não pretas.

Cavalgando com ela, havia inúmeros homens morenos que certamente não tardarão a morrer, de modo que uma descrição mais apurada não nos parece essencial. Não havia nada de ousado em nenhum deles.

De acordo com o gosto do leitor, eles podem ou não vestir roupas de couro.”


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