no lugar de um mundo oval, Discworld é, surpresa, um disco. Mas não apenas isso, é um disco sustentado por quatro grandes elefantes que, por sua vez, se sustentam sobre o casco de uma tartaruga gigante, a Grande A'Tuin, que nada tranquilamente pelo espaço para sabe-se lá onde as grandes tartarugas vão.
Como isso funciona? O próprio Terry Pratchett explica:
"Aqui talvez valha a pena fazer algumas observações sobre a forma e a cosmologia do sistema do Discworld.
Existem, é claro, dois sentidos principais no disco: o centro e a borda. Mas como o próprio disco gira à velocidade de uma vez a cada oitocentos dias (de acordo com o Reforgule de Krull, com o objetivo de distribuir o peso de maneira justa entre os paquidermes que o sustentam), também há dois sentidos secundários, que são o horário e o anti-horário.
Como o pequenino sol do Discworld mantém uma órbita fixa enquanto o imponente disco gira lentamente abaixo dele, podemos deduzir que o ano no Discworld consiste não em quatro, mas em oito estações. Verão é quando o sol nasce e se põe perto da Borda. Inverno, a época em que nasce ou se põe num ponto cerca de 90 graus ao longo da circunferência.
Assim, nas regiões ao redor do Mar Círculo, o ano começa no Réveillon dos Porcos, passa pela Primavera em Flor até o primeiro verão (Véspera dos Pequenos Deuses), seguido por Auge do Outono e - atravessando o meio exato do ano, Cruelmaré - Inverno Secundus (também conhecido por Rocainverno, já que, nessa época, o sol nasce no sentido da rotação). Então vem a Primavera Secundus, com o Verão II no encalço, e o marco dos três quartos do ano é a noite de Inatividade Geral - de acordo com as lendas, única noite do ano em que bruxas e feiticeiros não saem da cama. Depois, folhas trazidas pelo vento e noites frias se arrastam para Rocainverno de Efeito e um novo Réveillon dos Porcos se aconchega como uma jóia gelada em seu coração.
Como o Centro nunca é aquecido de perto pelo sol fraco, a região está sempre gelada. A Borda, por sua vez, é um local de ilhas ensolaradas e dias deliciosos. Existem, é claro, oito dias na semana do Discworld e oito cores em seu aspecto visível. Oito é um número de grandes significados ocultos no disco e jamais deve ser dito por um mago.
O motivo exato do que foi dito acima ser dessa forma não está claro, mas explica um pouco por quê, no Discworld, os Deuses são mais criticados do que venerados."
A Cor da Magia mostra um protagonista recorrente, o mago Rincewind, que na verdade foi expulso da escola de magia e só sabe um feitiço - o problema é que ele não sabe o que esse feitiço faz, além de Duasflor, um turista perigosamente ingênuo com traquitanas como uma caixa com um demônio dentro que faz retratos instantâneos e uma bagagem com uma centena de pequenas pernas e muito mau humor. Eles se vêem as voltas com uma série de bizarrices, como dragões que só existem se você acreditar neles, uma cidade inteira em chamas, A Morte (ou melhor, O Morte), um bárbaro burro e deuses sem noção. Eu adorei o livro, é o segundo da série que eu leio e pretendo ler muito mais. Terry Pratchett é o cara.
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