outubro 25, 2007

Percepções aleatórias de uma mente randômica

Em linhas gerais, existem dois tipos de pessoa no que tange a falar e pensar: um tipo precisa verbalizar pra processar as informações (ou seja, fala para pensar) e outro tipo precisa pensar para falar (ou seja, processa tudo e, se der tempo, fala). Eu pertenço ao grupo que pensa pra depois falar. Não é presunção, nenhum é melhor que outro, há uma série de maldições para ambos os tipos, mas no nosso caso (eu e os outros que pensam antes de falar) acho que o principal esquema é: a cabeça não pára nunca de fazer associações, são tantas que a maioria é simplesmente lixo.

Pois é isso aí, este post é o lixo aleatória que eu um dia gostaria de desenvolver, mas nunca tive capacidade, vontade ou seriedade para tal:

- Todas as pessoas que usam som absurdamente alto no carro (significa que você ouve muito bem o som do lado de fora, mesmo com as janelas do carro fechadas) têm mau gosto. Garanto que você já notou, todos escutam músicas muito ruins, tipo funk, pagode e axé. Obviamente são homens. Pensando por que isso, matei a charada: mulheres que são atraídas por esse tipo de coisa, carros com som potente, gostam dessas músicas bagaceiras, porque, obviamente, são bagaceiras.

- Escritores não são astros, isso prova que a mídia livro é bem menos “santificadora” dos que a produzem. Prova? Basta ver o Luís Fernando Veríssimo andando tranqüilamente pela Feira do Livro sem ser interrompido. Se fosse a Syang, garanto que alguém pediria um autógrafo, ainda que nunca ninguém tenha ouvido uma música dela. Paulo Coelho não conta, ele não é um escritor, é um “MAGO”.

- Se John Lennon fosse vivo, ele certamente seria alguma espécie de ativista necrozoopedófilo. Primeiro porque era um mala sem alça e precisava subverter tudo e chinelear, segundo - e mais importante - sendo um Beatle e podendo escolher QUALQUER mulher no mundo, o cara escolheu a nipônica mais feia e mala que já pisou nesse planeta, isso com certeza significa que ele tinha fantasias sexuais com buldogues pintores ou algo assim.

- Se alguém escrevesse a bíblia hoje, ninguém acreditaria. Porque então acreditam, se ela sequer foi escrita durante o “mandato” do Cristo por aqui?

- Por que a minha família fala durante as refeições as mesmas coisas sempre? Não é a questão de usar o mesmo assunto, mas sim as mesmas frases, as mesmas entonações, as mesmas piadas usando as mesmas pausas estratégicas. Tenho duas possibilidades, a primeira é o que eu chamo mentalmente de “não-linguagem”: não quer dizer nada, é só pra passar o tempo, mais ou menos como a TV no domingo. A segunda é que as pessoas têm uma memória realmente ruim e só eu lembro que aquilo foi dito exatamente. Na real tem uma terceira, que gira em torno de eu estar preso em um looping na Matrix, mas na real não acredito muito nessa.

- Os cinemas de outrora, aquelas gigantões pra milhares de pessoas, todos eles viraram bingo ou igrejas. No fundo, continuam com o mesmo propósito: entretenimento para as massas.

É, é isso.