junho 12, 2007

Máfia da Cerveja

Ontem fui em um bar que não sei se tem nome, mas chamarei de "Máfia da Cerveja", porque é uma boa definição do que é e porque é um ótimo nome para um bar. Imagine um bar que lembra de alguma forma um antigo armazem de um boticário, armários de portas de madeira longas, garrafas de cerveja de todas as nacionalidades, formatos e tamanhos espalhadas por TODOS os lugares e uma incrível diferença de qualquer outro bar: ninguém te serve.

A coisa é simples, você vai até o armário dos copos, escolhe seu copo preferido, vai até o freezer, escolhe sua cerveja preferida. Repita o processo quantas vezes achar necessário até acabar. Ninguém anota nada, o dono do bar confia em você. Quando quiser ir embora, é só achá-lo em algum lugar (ele certamente estará conversando com alguém, bem longe da porta de saída).

Talvez você ache que não funcione, mas há um segredo aí: o bar sequer parece um bar do lado de fora. Não, nada disso. o Máfia da Cerveja fica com a porta fechada, trancada. Se você quiser entrar, deve tocar a campainha. Se o dono for com a sua cara, você entra, se não, não entra. Gosto de imaginar que assim eram os bares de ópio mais quentuxos de Londres.

Pode não ter ópio, mas tem muita cerveja. E cervejas realmente diferentes. Tomamos umas 4 ou 5 variedades que eu JAMAIS tinha sequer visto - a maioria em garrafas de 3 ou 5 litros com aquelas tampas maneiras de cerâmica. Luxo para o bom mafioso da maviosa cerveja.

É um lugar deveras simpático, bem como seu dono, patrão e único "staff" presente. Só o meu amigo Flávio para descobrer esses estranhos lugares. Acho que ele poderia escrever um guia sobre "bares bizarros de Porto Alegre". Ou talvez um blog. Eu acompanharia. Ele poderia até ganhar dinheiro com isso, fazendo com que os donos de boteco o pagassem por um review no blog.

Ah, onde fica este maravilhoso e simpático "Máfia da Cerveja" não revelarei - pra não estragar o lugar.