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Óbvio que as coisas não são mil maravilhas nem para o pessoal dos Estados Unidos. A maioria vivia, clandestinamente, com uma mulher alemã, tinha até filhos e tudo mais. Tudo tinha seu preço em cigarros e o mercado negro era o que mais bombava. Walter não era exceção e, mesmo depois de uma breve volta aos States para rever sua noiva e família, joga tudo pro alto e volta pra Alemanha - aquela mulher que o esperava não era mais sua noiva, nem sua mãe era sua mãe, nem seu irmão, mutilado de guerra, era seu irmão. Não é que eles haviam mudado. De maneira nenhuma. Na verdade quem mudara era ele. Walter Mosca não era mais aquele menino que partiu vestindo o uniforme de soldado. Ele reencontra a alemã que foi sua amante durante o período e passam a morar juntos. A partir daí, você vai ter que ler por conta.
Não é um típico Mario Puzo. “A Guerra Suja” é o primeiro livro do Puzo, por isso temos de convir que ainda é bastante diferente do que ele escreveu, principalmente se formos considerar O Poderoso Chefão. Não estou dizendo de nenhuma forma que é ruim, já podemos enxergar aí algumas características clássicas do Puzo: lidar com personagens que muitas vezes agem à margem da sociedade, alguma jogatina (principalmente dados), o zelo com a família e a relação entre pessoas de diferentes países. Mas não é o típico Mario Puzo. Ainda que o livro esteja esgotado em português, pode ser encontrado em inglês. Eu recomendo se você é fã de Puzo, se não, vá procurar outros livros dele e depois volte aqui só pra se divertir.
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