abril 15, 2007

Fabiana e Rivo’s tale

Talvez você não saiba, mas a realidade é uma história. Uma grande história, mas, ainda assim, uma história. Tudo está escrito em algum lugar, de modo que quando você acha 50 reais no chão da festa, bebe até cair e bate o carro, não é sobre sorte ou revés, nem sobre coincidências ou sermões Thiago Gonzaga style. Tudo está lá, escrito. Mas escrito por quem? Bom, não cabe a mim responder isso, não é o momento nem o lugar correto para tal. E, pra dizer bem a verdade, uma hora ou outra você vai descobrir e perceber que nem é tão impressionante assim. E se não descobrir, tudo bem, relaxa - estava escrito que você não descobriria. É por isso que eu escrevo. Brinco de escritor, moldo a realidade, junto meus textos curtos com o grande texto - e se eu faço isso, se sei que é possível, é porque lá estava escrito que seria assim. E cada vez que você lê um texto meu, está ajudando-me na grande tarefa de reescrever a realidade.

Dito isto, ontem se casou um grande amigo meu, o Rivo. Se você lê há algum tempo este blog (ou o antigo), talvez você saiba alguma coisa dele, talvez não, mas não interessa. Eu fui padrinho do casamento (aliás, obrigado de coração pela madrinha que me arranjaram!) e, fora o presente que já dei (esta hora o Rivo deve estar tomando uma caipirinha em Porto de Galinhas), gostaria de dar a eles mais um. Não é nada demais, é só a minha forma de ajudar:

Fabi e Rivo moram juntos, são felizes. Claro, nenhum dos dois é fácil de conviver e têm lá suas rusgas, escaramuças e toda essa chinelagem, mas nada sério. Nada sério mesmo. Quer dizer, só uma vez, mas acabou tudo bem. Um dia a Fabi liga pra ele, diz que está grávida. Rivo chora, acende charutos, bebe, enfim, faz coisas de Rivo. Eu infelizmente estava em outra cidade e não vi nada disso. A criança nasce, tem olhos puxados, é claro, mas puxa bastante pelo Rivo e parece mais um vietnamita do que qualquer outra coisa. Os pais acham o máximo, é claro. A criança é uma pestinha estriquinada, mas muito fofa. Alguns advertem o Rivo que ele tem que fazer menos as vontades da criança. Bom, isso ele aprende depois.

Bem depois. Mas aprende.

Eles são felizes juntos, uma grande família feliz (já falei sobre aquela discussão acalorada em que o Rivo teima em ter mais um filhote?). Na casa dos avós comem peixe cru, na casa dos outros avós comem feijão com arroz. Fabi cuida para a criança não ficar gorda, “não é pra dar tanto doce, Rivo!”, tsc, tsc. Talvez o único problema seja a falta de planejamento, mas ambos são flexíveis o suficiente para resolver as questões. Em nenhum jardim só tem rosas, mas podemos dizer que a vida deles é massa. O segredo é simples: amor e paciência, o resto vem com o tempo. Não foram felizes para sempre, isso eles deixam pra lá, se preocupam apenas em serem felizes a cada dia. E são.